sábado, 5 de outubro de 2013

Santo Agostinho

Rabiscado por: claudine ribeiro às 10:59

"Não se deve esperar da criança inteligência nem aspirar a ela.
O mais importante é a consciência, a disciplina."

"Não se aprende pelas palavras, que repercutem exteriormente, mas pela verdade, que ensina interiormente."

"Se dois amigos pedirem para você julgar uma disputa, não aceite, pois você irá perder um amigo.
Porém, se dois estranhos pedirem a mesma coisa, aceite, pois você irá ganhar um amigo."

"Milagres não são contrários à natureza, mas apenas contrários ao que entendemos sobre a natureza."

"Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e rejeita o que não gosta,
 não é nos evangelhos que você crê, mas em você."

 "Ter fé é acreditar nas coisas que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em
que você acredita."

"A pessoa que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar."

 "A confissão das más ações é o passo inicial para a prática de boas ações."

"A verdadeira medida do amor é não ter medida."

"Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio."


"A Memória é Como o Ventre da Alma." 

Encerro também na memória os afetos da minha alma, não da maneira como os sente a própria alma, quando os experimenta, mas de outra muito diferente, segundo o exige a força da memória.
Não é isto para admirar, tratando-se do corpo: porque o espírito é uma coisa e o corpo é outra. Por isso, se recordo, cheio de gozo, as dores passadas do corpo, não é de admirar. Aqui, porém, o espírito é a memória. Efetivamente, quando confiamos a alguém qualquer negócio, para que se lhe grave na memória, dizemos-lhe: « vê lá, grava-o bem no teu espírito ». E quando nos esquecemos, exclamamos: «não o conservei no espírito», ou então: «escapou-se-me do espírito»; portanto, chamamos espírito à própria memória.
Sendo assim, porque será que, ao evocar com alegria as minhas tristezas passadas, a alma contém a alegria e a memória a tristeza, de modo que a minha alma se regozija com a alegria que em si tem e a memória se não entristece com a tristeza que em si possui? Será porque não faz parte da alma? Quem se atreverá a afirmá-lo?


Não há dúvida que a memória é como o ventre da alma. A alegria, porém, e a tristeza são o seu alimento, doce ou amargo. Quando tais emoções se confiam à memória, podem ali encerrar-se depois de terem passado, por assim dizer, para esse estômago; mas não podem ter sabor. É ridículo considerar estas coisas como semelhantes. Contudo, também não são inteiramente dissemelhantes.
Reparai que me apoio na memória, quando afirmo que são quatro as perturbações da alma: o desejo, a alegria, o medo e a tristeza. Qualquer que seja o raciocínio que possa fazer, dividindo cada uma delas pelas espécies dos seus gêneros e definindo-as, aí encontro que dizer e declaro-o depois. Mas não me altero com nenhuma daquelas perturbações, quando as relembro com a memória. Ainda antes de eu as recordar e revolver, já lá estavam. Por isso consegui, mediante a lembrança, arrancá-las dali.
Assim como a comida, graças à digestão, sai do estômago, assim também elas saem do fundo da memória, devido à lembrança. Então, porque é que o que discute, ou aquele que delas se vai recordando, não sente, na boca do pensamento, a doçura da alegria, nem a amargura da tristeza? Porventura nisto é dissemelhante o que não é semelhante em todos os seus aspectos?
Quem em nós falaria voluntariamente da tristeza e do temor, se fôssemos obrigados a entristecer-nos e a temer, sempre que falamos de tristeza ou temor? Contudo, não os traríamos à conversa se não encontrássemos na nossa memória, não só os sons destas palavras, conforme às imagens gravadas em nós pelos sentimentos corporais, mas também a noção desses mesmos sentimentos. As noções não as alcançamos por nenhuma porta da carne, mas foi o espírito que, pela experiência das próprias emoções, as sentiu e confiou à memória; ou então foi a própria memória que as reteve sem que ninguém lhas entregasse.

Santo Agostinho, in 'Confissões'


Santo Agostinho de Hipona
Argélia
354 // 430
 Santo / Doutor da Igreja

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